7 coisas que você precisa entender sobre layout industrial

O layout industrial é a organização dos equipamentos da fábrica, bem como das áreas adjuntas, considerando o fluxo de pessoas e material durante o processo, com o objetivo de executar o processo de forma
mais fluída, com menor custo e maior eficiência possível. ( Fonte ).

 

Se você está projetando ou pretende projetar um layout no futuro, aqui vão algumas dicas que você precisa saber antes de começar seu projeto.

O design não é uma ciência exata

O layout é desenhado para cada indústria individualmente, dependendo de diversos fatores onde o produto processado é somente um deles. Diferente de uma equação matemática, onde só existe uma resposta, existirão diversas soluções possíveis para o layout da empresa, que dependem tanto das necessidades do cliente quanto das capacidades da equipe e ainda, das exigências de terceiros, como governo e órgão reguladores.

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Entenda para quê você está otimizando

Não existe otimização sem saber o que está sendo otimizado.

Imagine duas equipes disputando para definir quem cria o melhor carro. Uma das equipes desenvolve um carro de fórmula 1 enquanto a outra desenvolve um carro de nascar. Como você não especificou o suficiente para que estava otimizando, ambas soluções são aceitáveis. Agora, se você queria por exemplo um veículo para ambientes montanhosos, você poderia desenvolver um carro, uma moto ou até um helicóptero.

Agora numa indústria, você deseja otimizar o custo de produção? É o tempo? É o consumo de alguma matéria prima ou redução de um efluente?

Entenda seus limites

O design é uma ciência que busca encontrar a melhor solução para um problema satisfazendo as restrições impostas. As restrições são parte fundamental do processo de design. Por exemplo, se você contrata uma consultoria para redução de custos, deve haver um limite de demissão de pessoal que você irá tolerar. Mesmo no caso da construção de uma nova linha industrial super eficiente, existe um limite onde os gastos não justificam mais o ganho de eficiência.

Por exemplo, imagine que você pediu para um arquiteto desenhar o prédio mais bonito possível. Provavelmente, no momento em que ele lhe mostrar o orçamento preliminar, você já irá perguntar “por que tudo isso?”, e irá percorrer item por item refletindo se ele era mesmo necessário.

Por outro lado, se você pedir para um engenheiro civil a casa mais barata possível, logo irá começar a pedir pequenas alterações “será que não dá pra colocar isso ou aquilo?”, “tem como fazer isso aqui um pouco maior ou mais alto?”.

Isso leva para o próximo ponto:

Faça diversas iterações

Após definir os objetivos e os limites, comece fazendo um desenho e orçamento preliminar. Até você e o cliente terem algo no papel nunca saberão se estão falando a mesma língua. Nesta etapa você e o cliente terão uma noção melhor do que significa bom e ruim, bonito e feio, barato e caro para cada um.

Além disso, alguns requisitos já podem se mostrar inviáveis logo de início, sendo melhor alterá-los antes de entrar em maiores níveis de detalhe do projeto.

Mude de ideia quando necessário, mas nunca demais

Durante o processo criativo muitas informações que não estavam disponíveis no início do trabalho começam a aparecer, algum custo imprevisto, alguma tecnologia que não se conhecia, ou o resultado de cálculos antes feitos por estimativa.

Essas informações novas podem justificar revisões no projeto quando oferecerem uma oportunidade ou um risco significativo.

Entretanto, deve haver um limite, caso contrário o projeto nunca será concluído. Este limite depende de caso a caso e ficará a critério do julgamento dos envolvidos.

Não existe layout perfeito

Apesar de estarmos falando de algo extremamente prático: uma indústria, o layout industrial possui diversas formas de ser feito e a melhor solução no ponto de vista de uma pessoa pode não ser a melhor para outro.

Isso fica muito visível quando duas pessoas especializadas em disciplinas diferentes discutem o layout. Cada um irá notar falhas baseado no seu conhecimento. Muitas vezes essas chamadas falhas terão de acontecer, pois não haveria outra forma possível de solucionar o problema de forma viável, as vezes por limitação técnica, tempo ou financeira.

Para evitar o excesso de revisões e mudanças cada vez que um gerente ou o cliente olham o projeto é interessante criar requisitos e forma de mensurá-los.

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